Morre a advogada Maria Laete Fraga

Morreu, neste sábado (23), a advogada Maria Laete Fraga. Ela estava internada num hospital de Aracaju. O copo foi velado no Cemitério Colina da Saudade, onde permaneceu até as 17h, de onde foi transladado para ser cremado, em cerimônia aberta apenas para os familiares.

Aos 79 anos e com mais de 52 anos de advocacia, Dra Laete fazia questão de continuar trabalhando todos os dias em seu escritório e em seu home office, aproveitando os benefícios da virtualização da Justiça. Durante uma entrevista, ela declarou: “O meu maior prêmio da advocacia é, até hoje, ser procurada como profissional com mais de 52 anos de formada e ouvir palavras de reconhecimento das pessoas”.

A diretoria da Apese, em nome de todos seus associados, deixa sua nota de pesar aos familiares e amigos, e gratidão ao belo exemplo deixado pela estimada Dra Laete Fraga, que deixa como legado seu exemplo, comprometimento, zelo e amor ao exercício da Advocacia. Um exemplo que jamais será esquecido e que deverá servir de inspiração a todos os profissionais do Direito!

“É muito bonito o exercício do advogado. Requer estudo, trabalho, dedicação, pontualidade, organização e muita leitura. O advogado tem de saber de tudo que se passa na vida. Realmente nasci para ser advogada e assim terminarei a minha vida” – Dra Laete Fraga (1940-2019).

TRAJETÓRIA

Dra Laete Fraga nasceu no dia 10 de maio de 1940 em Itabaiana, na Região Agreste Central de Sergipe. Filha de José Amaro da Fraga e de Maria Florianita Silva Fraga, ela teve oito irmãos: José Antônio, Luís Carlos

(falecido), Josefa, Maria Laiente, Maria Lúcia, Lucelma, Luciene e Luciano.

Começou os estudos ainda em Itabaiana, onde fez a alfabetização no Grupo Escolar Guilhermino Bezerra. Já o Primário e o Ginásio foram realizados no Colégio Jackson de Figueiredo em Aracaju, para onde se

mudou quando tinha 8 anos. Além disso, estudou Contabilidade na Escola Técnica de Contabilidade de Sergipe na Capital sergipana. O curso superior, por sua vez, foi efetuado na antiga Faculdade Federal de

Direito de Sergipe, que ainda não estava atrelada à Universidade Federal de Sergipe (UFS). O período de graduação foi de março de 1962 a dezembro de 1966.

Ela também foi professora. Durante o tempo de estudante de Direito, ensinava História na antiga Escola Normal, hoje, Instituto de Educação Rui Barbosa (Ierb), e no Colégio Sílvio Romero.

No meio do curso, foi nomeada promotora substituta da Comarca de Maruim pelo prof. Dr. Belmiro Góis.

No dia 14 de abril de 2010, Dra Laete recebeu o título de Cidadã Aracajuana. A honraria, de autoria do ex–vereador Sérgio Góes, foi entregue por Emmanuel Nascimento (PT), então presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), no gabinete dele.

Já em 2 de dezembro de 2016, em celebração ao Dia do Advogado Criminalista, ela foi homenageada pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

Na área criminal, Dra Laete foi a primeira mulher a atuar em um Tribunal de Júri em Sergipe, na defesa de presos políticos que estavam sendo processados na auditoria militar, tendo também participado dos depoimentos na Comissão da Verdade.

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